A testosterona é o principal hormônio sexual masculino e, a partir dos 30 anos, seus níveis começam a cair gradualmente. Em alguns homens, essa queda pode se acentuar, especialmente a partir da meia-idade, resultando em um quadro conhecido como deficiência androgênica.
Quais são os sintomas da deficiência de testosterona?
Entre os principais sinais e sintomas, estão:
- Disfunção erétil
- Redução da energia
- Depressão ou humor deprimido
- Diminuição da libido
- Ondas de calor
- Irritabilidade e perda de foco
É importante destacar que nem todo homem com testosterona abaixo de 300 ng/dL precisa de reposição. A Terapia de Reposição de Testosterona (TRT) só é indicada quando há associação entre níveis hormonais baixos e sintomas clínicos claros.
O que dizem os estudos sobre TRT e prevenção de doenças?
Pesquisadores americanos analisaram 8.808 homens com deficiência de testosterona ao longo de 3 anos e 4 meses. Os resultados chamaram atenção:
- O grupo que recebeu reposição hormonal teve uma taxa menor de infartos e AVCs:
- 16,9 casos por mil ao ano no grupo com TRT
- 23,9 casos por mil ao ano no grupo sem TRT
- 16,9 casos por mil ao ano no grupo com TRT
Isso representa uma redução significativa de risco cardiovascular.
Como a testosterona atua na proteção contra doenças?
Do ponto de vista fisiológico, a testosterona tem efeitos importantes sobre o metabolismo:
- Aumenta a sensibilidade à insulina
- Reduz a absorção e acúmulo de gordura corporal
- Melhora a massa muscular e densidade óssea
Esses efeitos colaboram com a saúde metabólica e ajudam a proteger contra doenças como síndrome metabólica, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares.
E quanto à força e cognição?
Outro grupo de estudo analisou os efeitos da TRT com testosterona em gel em homens idosos:
- ✅ Houve melhora na densidade óssea e força muscular no grupo tratado
- ❌ Nenhuma alteração relevante nas funções cognitivas foi observada
Ou seja, há ganhos físicos importantes, mesmo sem impacto direto na memória.
Conclusão
A terapia de reposição de testosterona, quando bem indicada, pode:
- Aliviar sintomas debilitantes da deficiência hormonal
- Reduzir o risco de eventos cardiovasculares
- Melhorar qualidade de vida, força e vitalidade
Mas é essencial que o tratamento seja conduzido por um médico especialista, com base em avaliação individualizada, exames e acompanhamento regular.
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